domingo, 11 de novembro de 2012

Na casa do leão... Proença foi mandão.


Os leões tiveram, por fim, um jogo onde tudo correu bem: desde o golo madrugador, de Van Wolfswinkel, ao golo mal anulado ao Sporting de Braga, que teria dado o empate. Depois de uma semana onde muito se discutiu sobre quem seria o terceiro "grande" do futebol português, em Alvalade grandes foram... os guarda-redes. Rui Patrício e Beto mostraram porque são os "intocáveis" de Paulo Bento, tendo assinado uma série de incríveis defesas, que limitaram um jogo que teve 33 remates a um golo. Golo esse que apareceu logo aos quatro minutos e que revelou, desde logo, uma aposta acertada de Vercauteren: foi o jovem inglês Eric Dier, polivalente central da equipa B, a assistir Van Wolfswinkel para o golo.
Em desvantagem, o Sporting de Braga fez tudo para tentar evitar a quinta derrota consecutiva em visitas a Alvalade. Teve sempre mais bola e mais remates que os leões, mas o perigo nunca deixou de rondar a baliza de Beto, que negou o 2-0 na cara de Van Wolfswinkel e Elias, já depois de Rui Patrício ter feito a defesa da noite, após cabeceamento de Éder. Dos guarda-redes aos atacantes, Paulo Bento poderá ter constato que havia muito por onde escolher em Alvalade.
A segunda parte não foi diferente da primeira, embora o Sporting de Braga, com nada a perder, tenha criado os maiores lances de perigo. E como é hábito nos jogos "grandes", não faltou polémica nesta espécie de 'clássico' moderno do futebol português: aos 77 minutos, Alan cabeceou para o fundo das redes, mas Pedro Proença anulou o golo. Não se percebeu foi qual a razão para o fazer, pois não existiu qualquer tipo de infração na grande área leonina.
E quando Rui Patrício nada podia fazer, esteve lá o poste direito da baliza leonina, que negou o golo a Alan no período de compensação.

José Peseiro: "Realizámos uma primeira parte muito fraca. Não teve nada a ver com aquilo que podemos fazer. A segunda foi diferente, com claro domínio nosso, com várias oportunidades de golo contra apenas duas do Sporting. Merecíamos o empate. Se há coragem para dizer que se é prejudicado, há que manter essa coragem para dizer 'olha, hoje, fomos beneficiados'. Não estou contra nada, nem ninguém, pois os erros acontecem com todas as pessoas que andam no futebol, dos jogadores ao treinador, passando pelos árbitros. Apenas considero que, para manter a credibilidade, as pessoas que sistematicamente se queixam devem falar agora."

Alan: "Não sei o que passou, mas o golo foi limpo e a falta cometida foi sobre o Éder. Enfim, são coisas que acontecem, e as pessoas não deviam queixar-se da arbitragem. O Braga mostrou ser uma grande equipa, embora não tivesse estado muito bem na primeira parte, mas na segunda melhorou bastante. Foi pena não termos pontuado, mas vamos continuar nessa luta dos primeiros lugares."

António Salvador: "Fizemos uma primeira parte muito má, é verdade, mas a segunda foi excelente. No mínimo, merecíamos o empate. Foi isso que fizemos e até marcámos, mas alguém não deixou validar esse golo, que daria o empate. Há coisas que são coincidentes. Não foi por acaso que, durante a semana, a comunicação social tudo fez para que o Sporting chegasse a este jogo como um coitadinho. E ainda houve uma viagem à Rua Alexandre Herculano (localização da sede da FPF) que ajudou também a que o árbitro tomasse a decisão que tomou. Não sei quem foi, sei que houve essa viagem e o que se passou neste jogo, nas quatro linhas, ficou claro: há um golo limpo à frente do árbitro e não percebo por que o invalidou. Não consigo perceber. Não nos queremos queixar da arbitragem e nunca nos queixámos. Mas quando se diz tanto que são prejudicados, fez-se uma viagem a uma determinada rua, onde supostamente se decide muita coisa, e depois no campo é o que se vê."

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