sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Entrada á Gverreiro no campeonato (2-0).


A vingança serve-se fria? Jesuldo Ferreira até já tinha dito que, apesar de ter havido «alguma ironia no sorteio», não se tratava de «um tira-teimas», mas a verdade é que a vitória sobre o Paços de Ferreira a abrir o campeonato, terá ajudado a apagar um pouco o amargo de boca deixado na época passada, quando os pacenses conquistaram o lugar que dava acesso ao play-off da Liga dos Campeões.
Os protagonistas mudaram e desta vez os arsenalistas levaram a melhor perante um Paços de Ferreira sem o brilho da época passada. Os castores pareciam amestrados e passaram toda a primeira parte sem conseguir causar perigo à baliza do Sp. Braga, dando descanso ao guarda-redes Eduardo que só por uma ou outra vez foi chamado a resolver situações demasiado fáceis.
Mais aguerridos estavam os homens de Braga, que, em vez de se depararem com a muralha a meio campo que caracterizou o Paços no passado, encontraram uma equipa frágil, e não pararam de dar trabalho ao guarda-redes Degra.
Aos 16 minutos, o Sp. Braga avisou. Edinho na zona central rematou forte, para uma defesa incompleta de Degra. Filipe Pardo, na esquerda, ainda tentou a emenda, mas saiu mal o remate. Aos 21 minutos, mais um aviso. Canto para o Sp. Braga batido por Alan na direita e Edinho, muito apertado por Gregory, a conseguir o remate, e a bola a bater na barra da baliza de Degra.
Até que, aos 26 minutos, a bola viria mesmo a entrar. Mais um canto da direita batido por Alan e Paulo Vinicius, na área, a fazer a bola entrar junto ao poste direito da baliza de Degra, que nem se mexeu. Estava feito o primeiro golo do jogo e do campeonato. E três minutos depois, num lance tirado a papel químico, o defesa arsenalista podia ter feito o segundo.
O Paços queria reagir, mas faltava solidez à equipa. Manuel José e Jaime Poulson ainda conseguiram pôr a bola junto à área do Sp, Braga algumas vezes, mas falhava sempre a finalização. Primeiro um remate de Caetano a sair mail, depois Sérgio Oliveira a cabecear ao lado. O próprio Sérgio Oliveira, de livre, ainda obrigou Eduardo a uma defesa quase em cima do intervalo, mas ficaram-se por aqui as oportunidades pacenses.
Na segunda parte, Costinha tirou Sérgio Oliveira para a entrada de Hurtado, que, apesar de trazer alguma frescura à equipa, e ter feito dois remates que andaram perto da baliza de Eduardo, não conseguiu mudar o rumo das coisas.
O Sp, Braga continuava mais forte e não parava de criar perigo. Até que, aos 65 minutos, os arsenalistas fizeram o segundo. Alan picou a bola para o flanco esquerdo, onde apareceu Pardo, que de ângulo fechado decidiu arriscar o remate, e acabou por conseguir o golo ao rematar por cima, surpreendendo Degra.
Estava ditada a sentença do resultado, perante um Paços que continuava sem conseguir criar perigo e foi uma sombra da equipa revelação da época passada.

Jesualdo Ferreira: "Foi a estreia que queríamos. Era importante começar bem e dar uma imagem da nossa capacidade. São três pontos fundamentais neste momento. Neste jogo tivemos momentos bons, outros não tão bons. Os conceitos estão a ser assimilados. Demos a imagem de uma equipa segura, serena, com argumentos para discutir qualquer jogo. Estamos longe de estar num bom momento. O que estamos é a começar a estar num bom momento."

Pardo: "Foi um jogo duro frente a um grande adversário, que na época passada ficou à nossa frente. Estivemos muito bem. Foi uma vitória muito importante. Trabalhámos duro na pré-época para começarmos com o pé direito. Pouco a pouco vamos tendo mais confiança."

Alguns autocarros com adeptos do SC Braga que foram assistir ao jogo da sua equipa, em Felgueiras, frente ao Paços de Ferreira, foram apedrejados no regresso a casa à passagem por Guimarães.
O SC Braga já reagiu, através do diretor-geral da SAD, João Gomes: «Lamentamos que a polícia não tenha tomado as devidas providências para precaver estes atos.»

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