terça-feira, 28 de junho de 2011

Entrevista - Quim

«Somos o quarto maior e se calhar não vamos ficar por aí...»

A grave lesão sofrida no aquecimento para um treino no estágio da época passada traiu a ambição de um regresso memorável a casa. Quim vibrou com as conquistas do SC Braga do lado de fora, mas já virou a página. Um ano depois, é um homem de convicções fortes, desejoso de calçar as luvas e fazer ainda maior o clube do coração.

No último Verão regressou a Braga, clube onde se formou. Ainda se lembra do dia 2 de Julho do ano passado?
- Perfeitamente... Um dia difícil, mas do qual me quero esquecer. Aliás, foi uma época para esquecer. Agora, é só pensamento positivo. Estou bem clinicamente e há que trabalhar para começar a nova temporada cheio de força.

- Antecipou o regresso aos trabalhos para estar em forma no arranque oficial. Como se sente?
- Bem. No último mês da época passada, inclusivamente, já quase fazia tudo. Esta decisão de vir mais cedo foi tomada com o objectivo de me apresentar fisicamente ao mesmo nível dos meus companheiros, pois tenho a noção do meu tempo de paragem. Felizmente, as coisas estão a correr bem, não tenho dores e isso é o mais importante. Estou pronto para uma época fantástica.

- Como foi ficar de fora de uma época tão sensacional em termos colectivos?
- Foi muito doloroso. Quando voltei tinha em mente uma campanha assim, depois do que o clube tinha conseguido no ano anterior. Foi uma pena não ter podido contribuir, mas fiquei feliz pelos meus companheiros. Com trabalho e humildade conseguiu chegar a uma final da Liga Europa, deixando pelo caminho grandes equipas. Isso não é fruto do acaso.

- Esperava tanto sucesso ou isto apanhou toda a gente de surpresa?
- Estamos a falar de uma equipa que tinha ficado no 2.º lugar da Liga na época anterior... Isto não acontece por acaso! Na última temporada, ainda podíamos ter ficado no 3.º lugar, mas também ninguém acreditaria que íamos chegar à final da Liga Europa. Nesta casa pensa-se jogo a jogo, mas sempre com o objectivo de vencer. Foi assim na última campanha. Se pensarmos todos da mesma forma, o Braga será sempre um clube grande e virado para as quatro primeiras posições da tabela.

- Já teve um ano para detectar todas as diferenças. O que mudou tanto do SC Braga que conhecia para o que veio encontrar? Foi... o aparecimento de António Salvador? Estamos na presença de mais um grande?
- O presidente foi uma peça fundamental. Já cá estava quando saí e mesmo aí percebia-se que o clube estava a crescer. Mas encontrei um clube muito diferente, estabilizado, com uma estrutura fantástica, que conseguiu fazer do Braga o quarto maior emblema português. E se calhar não vamos ficar por aqui, mesmo sabendo que não será fácil alterar esse quadro. Esperemos que continue a interferir-se na luta de FC Porto, Benfica e Sporting.

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