sábado, 12 de janeiro de 2013

Derrota na Madeira (3-2).


Os Guerreiros do Minho perderam, na acrópole desportiva do Nacional, um lugar com vista privilegiada para o clássico, entre Benfica e F.C. Porto, ao perderem 3-2 com o Nacional, invibializando, assim, qualquer hipótese de tirar partido do embate entre os dois primeiros classificados.
Manuel Machado começou a jogar antes mesmo do apito inicial e montou o seu batalhão em função dos pontos fortes dos arsenalistas, optando pela colocação de Moreno e Claudemir nos vértices mais adiantados do triangulo de meio campo, com o objetivo de bloquear os iniciadores do processo ofensivo do Braga: Custódio e Viana.
A fórmula do professor surtiu efeito nos primeiros minutos e até pertenceram aos insulares a primeira apróximação à baliza, com um remate de Mario Rondon que acabou desviado por um defensor arsenalista.
José Peseiro rapidamente percebeu que tinha que baralhar as cartas e voltar a distribui-las - leia-se alterar alguns mecanismos no processo ofensivo. Face ao jogo de pares instalado no setor intermediário, a solução encontrada residiu na mobilidades dos homens da frente, que confundiu os posicionamentos dos madeirenses.
A partir daqui praticamente só deu o vermelho do Minho, e as oportunidades foram surgindo junto à baliza de Gottardi. O brasileiro conseguiu negar por duas vezes o golo, a Hélder Barbosa e Hugo Viana, e ainda contou com a precisa ajuda do poste num cabeceamento de Paulo Vinícus.
O caminho para as redes de Gottardi só foi descoberto à entrada para os últimos dez minutos da primeira parte quando Hélder Barbosa, o melhor bracarense durante a primeira parte, aproveitou uma enorme defesa (incompleta) do guardião brasileiro para, na recarga, carimbar a vantagem arsenalista.
A guerra dos bancos continuou e Manuel Machado lançou os seus jogadores atrás do prejuízo. Ao intervalo lançou Jota e Diego Barcelos, e em três minutos os insulares deram a volta ao jogo. Primeiro, aos 57m, num remate fulminante de Mexer, e, aos 60, numa cabeçada letal de Diego Barcelos que ditou a reviravolta no marcador. Foi o materializar da maior assertividade ofensiva dos alvinegros que, já antes, tinham ficado perto do golo, quando uma cabeçada de Mario Rondon tirou tinta ao travessão da baliza minhota.
A perder, José Peseiro mexeu na equipa, e os bracarenses passaram a jogar mais no meio-campo insular, mas os maiores calafrios chegavam apenas através de lances de bola parada. O técnico sentia que a equipa precisava de mais presença na área e, quando se preparava para lançar Carlão, foi traído por Ismaily que, involuntariamente, inseriu a bola na própria baliza.
Éder ainda reduziu, mas a expulsão de Viana confirmou que aquilo que seria uma oportunidade de ouro de voltar a olhar para o topo da classificação, em jornada de clássico, transformou-se numa derrota que obriga a equipa da cidade dos Arcebispos a olhar para baixo, uma vez pode haver uma aproximação do Paços de Ferreira na luta pelo terceiro lugar. Para o Nacional, a 14ª jornada trouxe a vitória mais mediática da temporada.

José Peseiro: "A felicidade esgotou-se enquanto cá estive. Não mereciamos esta derrota. Criamos ocasiões na primeira parte para estarmos a ganhar por mais, mas existiu uma falta de velocidade, um autogolo, um canto do meio-campo. É um resultado injusto, mas tenho de aceitar porque o Nacional marcou três golos."

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