domingo, 20 de janeiro de 2013

Braga dá pontapé na crise (4-1).


Após duas derrotas consecutivas, o SC Braga voltou às vitórias, depois de golear o Vitória de Setúbal, por 4-1, em jogo da 15.ª jornada da Liga. Mossoró, Custódio, Rúben Amorim e Rúben Micael marcaram para os «guerreiros», Jorginho reduziu para os sadinos.
Expurgar todos os males num erro abençoado. Purificar a alma ferida por duas derrotas certeiras, usufruir do prazer de vencer sem sofrer. Toda a angústia acumulada se soltou no primeiro minuto e o Sp. Braga reaprendeu a sorrir. Voltou a ser uma equipa feliz e, com isso, poderosa.
A chave da despressurização esteve na cabeça de Ney Santos. Um atraso defeituoso morreu nos pés de Mossoró e os arsenalistas marcaram logo a abrir o duelo. Pode parecer, mas grande parte da tarefa ficou completa. Ali, à partida, o Sp. Braga livrou-se do principal inimigo: a própria sombra.
É relevante sublinhar o passado recente dos homens de Peseiro. Derrota na Choupana, derrota e eliminação da Taça em Guimarães, contestação perigosa da massa associativa. A margem de erro era nula e o risco gigantesco. Tudo se esfumou nas linhas iniciais.
A ganhar desde o tiro de partida, o Sp. Braga projetou a boleia do destino para alargar horizontes. Colocou o indefeso Pawel Kieszek na carreira de tiro, percebeu o quão inofensivo era o ataque sadino e descomplexou-se.
Chegou aos quatro golos como poderia ter chegado aos cinco e aos seis. O enigma da história foi decifrado na primeira cena. Depois disso, não havia caminho alternativo. Isto só podia acabar com o massacre aos vitorianos.

António Salvador: "Em dez anos na presidência nunca saí de um jogo tão indignado como hoje. A arbitragem foi tendenciosa e vergonhosa. Desde o início que o árbitro tentou arranjar forma de expulsar algum jogador nosso. A expulsão do Paulo Vinícius é uma vergonha. Nem falta para amarelo é. Não temos mais centrais, mas vamos jogar com 11 contra o Benfica e certamente ganharemos."

José Peseiro: "Mesmo perdendo esses dois últimos jogos, mostrámos qualidade. Era preciso ganhar, pedi eficácia, mais do que exuberância, e ganhámos bem. É um resultado justíssimo. Contestação dos adeptos? Demos a resposta desde o primeiro minuto. Somos profissionais, temos que dar a resposta em campo e mostrámos a qualidade que temos. Há muita coisa para ganhar pela frente."

João Pedro: "Marcar golo cedo ajudou mas a equipa teve uma boa postura. Criámos ocasiões de golo, algo que já tínhamos feito nos jogos anteriores mas sem conseguir marcar. Foi um resultado justo."

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