sexta-feira, 19 de outubro de 2012
Foi preciso o prolongamento para Braga seguir em frente na Taça de Portugal (3-0).
José Peseiro avisou para a importância do jogo com o Leixões: era o primeiro passo rumo ao objetivo de chegar ao Jamor e vencer a Taça de Portugal. As palavras do treinador não serviram para espicaçar a equipa, que entrou sem velocidade e imaginação para ultrapassar um Leixões fechado, com algumas tentativas de contra-ataque e muita organização.
O nulo manteve-se até ao intervalo e o início da segunda parte acrescentou a lesão de Ismaily, em dúvida para o jogo de Manchester. As oportunidades criadas terminavam mal concluídas ou então esbarravam na inspiração de Rui Sacramento, um dos grandes responsáveis pelo prolongamento.
Peseiro quis evitar os 30 minutos de castigo, sobretudo antes de um jogo da Champions, e lançou Éder. O avançado acrescentou perigo lá na frente mas não deu com o caminho do golo. Rúben Micael foi então a aposta para o prolongamento, onde os bracarenses sentenciaram o jogo logo na primeira parte.
Hugo Viana, que tanto tentou, aproveitou um livre para bater Sacramento, que abordou mal o lance e sai mal visto da fotografia. "No melhor pano cai a nódoa" aplica-se na perfeição. Ainda assim, não é demais salientar o mérito pelo que fez até então o guarda-redes do Leixões.
O mesmo Hugo Viana esteve no lance do segundo golo, assistindo na perfeição Ruben Micael, na sequência de um canto estudado. Com o Leixões já fraco de forças, não havia mais nada a resolver. Éder fechou as contas do jogo e deu mais expressão ao marcador. Nada que apague um dado relevante: o Braga não escapou ao castigo do prolongamento e acumulou minutos nas pernas desnecessários quando o Manchester United está já aí. Além disso, Ismaily saiu lesionado. Baiano, Rúben Amorim e até Djamal foram outros que apresentaram queixas físicas.
José Peseiro: "O prolongamento foi justo por aquilo que o Leixões fez, bem organizado e com um bom contra-ataque, embora se calhar lhe tivessem faltado duas epdras importantes, mas nós estivemos bem na defesa. De qualquer modo, dominámos, criando situações de golos, embora nem sempre com a velocidade de execução necessária e as respectivas alterações de ritmo. Na segunda parte melhorámos um pouco, mas é evidente que preferia não ter prolongamento, damos que vamos jogar na terça-feira, em Manchester. Tentámos empre impor a nossa ideia de jogo e impor a qualidade dos nossos jogadores, mas tenho que endereçar os parabéns ao Leixões. Tinha avisado os meus jogadores que ia ser um jogo difícil, pois o Leixões queria mostrar-se. As coisas nem sempre sairam como desejaríamos, houve alguma ansiedade, mas depois crescemos para o jogo e os golos surgiram com naturalidade."
Hugo Viana: "Se olharmos para todo o jogo, o Braga foi dominador, faltando-lhe apenas acertar no golo. Sabíamos que após o primeiro, com mais precisão e sorte, as coisas se tornariam mais fáceis. Foi o que aconteceu. Foi mérito do Leixões ter-nos levado ao prolongamento. A nossa equipa demonstrou que pode jogar de quatro em quatro dias sem problemas e seguramente que estaremos bem na terça-feira com o Manchester United. Aliás, já antes, depois do desgaste com o Galatasaray reagimos de uma forma explêndida com o Olhanense. Não é fácil jogar com estas equipas como o Leixões que vêm com um bloco baixo, jogando atrás da linha da bola. Mas fomos uns dignos vencedores."
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