55 minutos de jogo. Sp. Braga empurra, cerca e aperta mais um pouco, em busca do golo. V. Setúbal reduzido a dez. Keita foge pela direita, disfarçando a adversidade. Perde o lance. Eduardo recolhe a bola e pensa como um líder, olhando para o horizonte. A ansiedade tolhe movimentos, o esférico foge do internacional português e fica ali, a saltitar, para a catástrofe. Não passou de um susto, a coisa resolveu-se. Fica o aviso, entre sorrisos. Fica caro ter mais olhos que barriga.
Por essa altura, a onda vermelha inundava o tapete verde do Estádio AXA. A formação sadina, vinda de terra de golfinhos à vinda, procurava nadar por entre a tormenta, ansiando por dias melhores. Nuno Santos agigantava-se no regresso continuado aos grandes palcos e adiava o fim do nulo, realidade previsível face à disparidade de talento e meios humanos.
Domingos Paciência refugiava-se no apelido para acreditar no onze base, no mesmo padrão de jogo que garantira a liderança consolidada na Liga. Alan furava, Evaldo também, João Pereira menos um pouco. Mossoró inventava espaços, Hugo Viana criava linhas de passe, Meyong e Paulo César tentavam o último desvio por entre uma parede de braços, troncos e pernas.
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