Jorge Jesus não quer assumir o passaporte para a fase de grupos, recusando alimentar um ambiente de euforia, apesar da vantagem trazida de Braga. Ao jeito do adágio popular que diz que "cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal ao doente", o técnico opta por um discurso diferente, apesar de ambicioso. "Este jogo é para ganhar, e foi essa a mensagem que passei aos jogadores! Ganhar para conseguirmos seis vitórias em seis jogos", frisou, acrescentando que, "se não for possível fazê-lo", o plano passará a ser gerir o resultado em consonância com a vantagem.
"O Braga já chegou duas vezes à fase de grupos, mas nunca numa circunstância como esta, porque fez menos dois jogos", assinalou. Preocupado apenas em concretizar "o primeiro objectivo da época", Jesus garantiu que não vai "alterar nem o conceito nem o modelo de jogo", admitindo algumas alterações na estrutura perspectivando a deslocação a Guimarães, na próxima segunda-feira. "Só estamos concentrados neste jogo, mas vou fazer quatro mudanças, porque a equipa não tem tido tempo de recuperar fisicamente. No jogo com o Leixões, não teve frescura física para fazer o que devia", sustentou. E, enquanto realça que há 15 jogadores e uma equipa técnica nova, que estão a trabalhar juntos há dois meses, o treinador sublinha que, em dez jogos oficiais, venceu sete, argumentando que cada prova tem a sua história. "O Braga não esteve tão bem num ou outro jogo, mas numa prova de regularidade, em que se pode recuperar. Aqui, a eliminar, é que não se pode falhar, porque não há tempo", enfatizou. Em defesa da sua tese, de não cantar vitória antes do tempo, Jesus diz que, se as circunstâncias estivessem invertidas e conhecendo ele os jogadores do Braga como conhece, acreditaria "que era possível dar a volta à eliminatória". Apesar da desvantagem de quatro golos.
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