segunda-feira, 31 de agosto de 2009

LÍDEEER!!!


Temos líder sedimentado na pedreira de Braga. Com espectáculo, com golos, com um recuperado Hugo Viana. Nota alta para Domingos Paciência, frente a um Belenenses com um punhado de promessas para explorar (3-1).

O Sp. Braga entrou em campo de peito feito e com a cabeça posta na liderança. Em todo o caso, o pé dos arsenalistas nem sempre esteve prego a fundo, muito por culpa do travão inicial do Belenenses. O dinâmico desenho do meio-campo da formação do Restelo permitia desdobramentos e transições rápidas para o contra-ataque e desde cedo o Sp. Braga percebeu que não podia deixar à solta Fredy e Yontcha, duas setas apontadas à sua baliza. Dois avisos iniciais, ambos partindo dos pés de Barge, fizeram soar o sinal de alarme: cebeceamento de Fredy, logo aos 4 minutos, seguido por um remate desastrado, mas em boa posição, de Yontcha.

Se Moisés respondeu com um cabeceamento ao poste, logo aos 11 minutos, só com o desenrolar da primeira parte é que os bracarenses foram assumindo a sua superioridade no terreno. O controlo da partida surgiu à medida que Márcio Mossoró foi pegando na batuta. O estilo franzino do pequeno craque brasileiro faz com que, com a bola colada na chuteira, ele defina cada lance com a naturalidade de quem respira futebol.

Mossoró é quem comanda, dá o mote e marca o ritmo; seja num dos vários dribles que encetou durante a partida sobre os adversários directos, num passe de morte, como aconteceu para Paulo César (aos 16m), numa triangulação, que lhe valeu um remate em jeito, já na cara de Nélson (aos 25m), ou num simples golpe de sorte, como o que deu vantagem ao Sp. Braga aos 28 minutos. Infelicidade de Diakité, que introduziu a bola na baliza, dando o malfadado seguimento ao cruzamento da esquerda. Facto é que o jogo bracarense beneficia a olhos vistos de um talento que Jorge Jesus tirou pouco partido na época anterior.

Via aberta para Viana

Se é verdade que o Belenenses teve o prémio pela boa primeira parte só no reatamento, quando Yontcha cabeceou vitorioso, beneficiando da posição de João Pereira, que o colocou em jogo, também o é que, a partir do golo visitante, os minhotos sentiram a necessidade de puxar dos galões. Hugo Viana de livre colocou a equipa de Domingos em vantagem, quando já se suspirava na pedreira e cimentou o resultado já em cima do apito final.

O Sp. Braga bem pode agradecer ao ex-jogador do Valência e ao seu pé esquerdo, por terem aparecido no momento certo para darem resolução à partida, garantindo a terceira vitória em três jogos para o Braga, líder isolado do campeonato. Quanto ao Belenenses: A manta azul já não só não é feita de retalhos como tão curta como parecia no início da época.

Aliás, o jogo de Braga deixa a ideia de que o técnico João Carlos Pereira se soube coser de acordo com as linhas que tinha e unir as pontas de uma equipa capaz de praticar futebol que, se não é de fino recorte, não está a léguas do jogo mais rendilhado que os bracarenses foram apresentando. Apesar do bom futebol apresentado, o Belenenses perdeu bem. Como consolo, podemos dizer-lhe que há domingos assim. Paciência...

sábado, 22 de agosto de 2009

LÍDEER!!


O Sporting de Braga venceu o Sporting por 2-1, em Alvalade, e segue na liderança da Liga com duas vitórias em outros tantos jogos. Alan e Meyong marcaram para os arsenalistas, Yannick apontou o golo da equipa leonina.

O Sporting entrou bem na partida, conseguiu reduzir o Sp. Braga ao seu meio-campo nos primeiros dez minutos da partida e pode queixar-se de uma grande penalidade que ficou por marcar por mão de Moisés dentro da grande área após remate de Liedson, aos 3 minutos. Contra a corrente do jogo, os minhotos chegaram ao golo no primeiro remate que realizaram à baliza de Rui Patrício. E que golo de Alan, de fora da área, em arco, junto ao ângulo superior direito, sem hipóteses de defesa para o guardião leonino que bem se esticou mas em vão.

Os leões responderam com algum perigo – Vukcevic (15m) e Matias Fernandez (18m) atiraram por cima – mas foram os arsenalistas a criar nova situação flagrante de golo, com Meyong (39m) a cabecear, sem oposição, ao lado, após cruzamento de Alan na direita.

Na segunda parte, a formação orientada por Domingo Paciência entrou dominante e, nos primeiros dez minutos, esteve mais perto de ampliar a vantagem do que o Sporting de chegar à igualdade. Na bancada, Paulo Bento viu a sua equipa tentar virar a tendência do jogo. Caicedo esteve em alguns lances de perigo, porém, o equatoriano ou falhava o alvo, ou era apanhado em posição de fora-de-jogo.

Aos 68 minutos, Yannick entrou para o lugar de um apagado Matias Fernandez e dois minutos depois restabeleceu a igualdade com um grande golo de fora da área. Pouco depois, voltou a dispor de boa ocasião mas atirou ao lado.

Com o jogo a disputar-se em grande ritmo, o Sp. Braga voltou a colocar-se em vantagem no marcador na sequência de um canto. Alan, ao segundo poste, amorteceu para Meyong, o camaronês só teve de encostar para o 1-2, resultado que podia ser mais desnivelado não fosse Matheus desperdiçar quando apareceu na cara de Rui Patrício após um mau atraso de André Marques. Mesmo a fechar a partida, Caicedo não conseguiu desviar para a baliza uma bola que recebeu de Liedson.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

LÍDER!


Minuto 87, Estádio AXA. A Liga começou há mais de 24 horas, mas perdura o espectro dos empates. Empate a abrir. Mais um empate na Madeira. Em Braga, depois da frustações pela eliminação europeia, Domingos Paciência começa a conviver com assobios. Injustos, por sinal.

De repente, desatando um nó de marinheiro, Alan fura pelo flanco direito e tira um cruzamento perfeito para a área da Académica. Quem está lá? Meyong. Felizmente, pensam os adeptos bracarenses. Sem deslumbrar, mesmo desaparecendo do jogo, convém sempre ter Meyong por perto. Precisamente por isto. Cabeça, golo, 1-0.

Nesse sábado à noite, a dimensão da vitória suada do Sp. Braga foi relativizada. Dois dias depois, com sete empates nos restantes encontros, aquele golo de Meyong parece um oásis num deserto de futebol. Aí está o primeiro líder, o único a vencer.